O mapa de uso das terras foi gerado a partir de uma classificação supervisionada, utilizando o algoritmo Máximo Verossimilhança. As amostras foram adquiridas de tal forma que contemplasse as classes: Água; Floresta; Solo exposto; Agricultura e Cerrado.
O NDVI foi gerado a partir da subtração dos comprimentos de onda do infravermelho próximo e o vermelho, dividido pela razão entre a soma dos comprimentos de onda do infravermelho próximo e vermelho do espectro eletromagnético. No mapeamento de uso das terras, verificou-se que mais de 80% da área da microbacia é destinada à agricultura, e que no período analisado, a classe solo exposto prevaleceu na área de estudo (17,724 km² no ano de 1985, 8.942 km² em 1997 e 14.057 km² em 2011). A classe floresta aumentou consideravelmente no decorrer dos anos analisados, sendo que em 1985 ocupava 4,89% da área da bacia, em 1997 abrangia 9,23%, e em 2011 passou a compor 15,39% da bacia. Esse fato pode ser explicado pelo plantio de uma floresta de eucalipto no setor norte da microbacia.
O NDVI evidenciou adequadamente as áreas que estavam com pouca biomassa vegetal, diferenciando-se das áreas com cobertura vegetal densa (mata ciliar). No entanto, ao analisar o NDVI do local em que foi implantada uma unidade demonstrativa de restauração ecológica (UDRE), em 2010, notou-se que os valores do índice de 1997 e 2011 ficaram próximos (em média 0.184644 em 1997 e 0,183811em 2011), demonstrando que a área, em termos de resposta espectral, obtida via NDVI, está similar à classe agricultura. Acredita-se que, com o passar dos anos, o valor do NDVI para a UDRE deve tornar-se similar ao da mata ciliar.
