quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Uso de VANT para identificar e mapear áreas de degradação ambiental em Mato Grosso


Echar 20A, modelo utilizado pela UFMT  (Foto: XMobots / Divulgação).              


Os professores André Marcondes Andrade Toledo e Normandes Matos da Silva, do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental, da Universidade Federal de mato Grosso (UFMT) estão utilizando na Região de Rondonópolis ,cidade a 218 km de Cuiabá, um veículo aéreo não tripulado (VANT) para obter imagens que serão utilizadas para detectar e mapear áreas de degradação ambiental. 

O equipamento foi adquirido pelo Ministério Público (MP) e doado à UFMT com o objetivo de ajudar no projetos de recuperação das margens do Rio Vermelho, na região de Rondonópolis, localizado numa área de transição do cerrado para o Pantanal. 

Em um projeto-piloto fez-se o uso da aeronave em uma área de 1,5 mil ha na rodovia estadual, MT-471, no qual margeia o Rio Vermelho até a localidade "Cidade de Pedra" compreendendo 23,02 km, denominada de Rodovia do Peixe, para capturar imagens de alta resolução, com o objetivo de identificar a área que possui diversas finalidades, tais como lazer, turismo, pastos e edificações que geram degradação ambiental, sobretudo nas margens do Rio Vermelho, e assim desenvolver projetos de recuperação.

Com essas informações geradas, o MP poderá propor às propriedades rurais da região medidas para regularização ambiental dentro do novo Código Florestal. De acordo com as imagens capturadas pelo vant, observa-se níveis críticos de degradação ambiental, mas o professor Normandes explicou que ainda é cedo para se fazer um diagnóstico.
Essa tecnologia que foi desenvolvida no Brasil, sendo o segundo modelo que possui autorização de vôo em territórios nacionais por parte da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) com o objeto de pesquisa e desenvolvimento. 

O VANT, é do modelo Echar 20A que se enquadra na categoria "mini-Vant", foi desenvolvido pela empresa XMobots, de são Carlos (SP). Possui sete quilos, feita de kevlar ( fibra sintética de aramida, muito leve e resistente) , mede cerca de dois metros da ponta de uma asa à outra, sua vantagem está na, decolagem e pouso automáticos aumentando a vida útil do equipamento.

O Echar 20A utiliza uma catapulta para decolagem e para quedas para seu pouso, podendo alcançar 3 mil metros de altitude com aproximadamente 70 minutos. Com um dia de trabalho, a aeronave consegue mapear de 1,5 a 2 mil hectares.

Publicado em: 11 de outubro de 2014